Da esquerda para a direita: Paulo, Fabiana, Anthony, Marcelo.
Foto: Edgar
Conheço muita gente que além de pedalar a-d-o-r-a correr, assim como tenho amigos que correm mas d-e-t-e-s-t-a-m pedalar. Eu gosto tanto de correr, como de pedalar. A bike me ajuda no processo de fortalecimento da musculatura da perna que, por sua vez, faz melhorar meu desempenho nas corridas pedestres. Ontem, domingo - 31 de abril - participei da minha primeira maratona - 42,195 mil metros de distância.
Acredito que nada é por acaso. Explico: na manhã de sábado, às 6 horas, acordei, tomei café da manhã reforçado para mais uma pedalada com meus amigos de Joaquim Egídeo. Acontece que não acordei bem... minha arritmia estava acelerada, e quando isso ocorre é bom ficar quieto, ou seja, nada de atividade física. Sendo assim voltei a dormir. Lá pelas tantas da noite... exatamente às 22h40... o telefone toca. Do outro lado da linha o Edgar, um amigo de corrida. Ele estava me intimando a participar da 15a. edição da Maratona Internacional de São Paulo, já que havíamos combinado três meses antes. Mesmo sabendo da possibilidade da minha amiga (arritmia) voltar a acelerar meu coração, disse a ele que VAMOS NESSA!!! E fomos.
Acordei às 4 horas da matina, e refiz todo aquele processo de quando vou pedalar - bom e reforçado caf'é. Separei meus objetos... boné, tênis, agasalho, relógio (frequencímetro de batimentos cardíacos). Tudo certo. Saí às 5 horas para pegar o Edgar e outros dois amigos que foram conosco - a Fabiana e o Marcelo. Chegando em São Paulo, às 7 horas, fomos direto para a casa de um quarto amigo, o Paulo, que mora a três quadras da avenida Águas Espraiadas ou Dr. Roberto Marinho, no Brooklin, onde acontecera a largada da maratona.
O domingo estava frio, mas aos poucos a temperatura foi aumentando até o sol resolver iluminar, tardiamente, nossas condições físicas que já estavam por reclamar. Conosco nada de pior aconteceu, apenas dores musculares. Mas, fomos testemunhas de uma corrida que exige muito preparo físico e psicológico. Desmaios, cãibras e outros males pegaram muita gente - de surpresa ou não. Homens e mulheres, jovens e velhos lá estavam para desafiar seus próprios limites. Correndo ou andando (a grande maioria), todos queriam chegar. Para mim, a Maratona Internacional de São Paulo serviu como aprendizagem. Não basta querer somente correr, tem sim de se preparar antecipadamente, pois não é nada fácil correr 42 mil metros. Quanto a minha arritmia? Desta vez ela estava quietinha, sossegada, mas eu a-c-e-l-e-r-a-d-o querendo completar o percurso. Minha respiração estava ótima, mas o que faltou mesmo foram pernas. Lembra quando me referi sobre "nada por acaso"? Pois bem, imagina se eu tivesse pedalado no sábado, não teria condição alguma de correr no domingo. A minha amiga - arritmia - foi muito legal, pelo menos dessa vez.
Lembre-se, amante do ciclismo, jamais esqueça os equipamentos básicos de segurança: capacete, luvas e óculos. E ao amante de corrida: não esqueça de um bom tênis para não prejudicar os joelhos.