Para quem está acostumado pedalar com amigos ou em grupos de pedal, seja a distância que for, é muito mais prazeroso. Mas, no sábado passado foi diferente. Cheguei com uma hora de atraso no ponto de encontro. O sol estava forte, a minha vontade de "suar" a camisa, também! Joaquim Egídio, distrito de Campinas, 8h30. Dei de encontro com mais dois ou três ciclistas no posto de combustível desativado, onde costumamos deixar nossos veículos. Desembarquei a minha "pretinha", conferi os freios, a altura do selin, pneus e começamos a nossa jornada: alcançar os outros quatro integrantes do MTB Campinas. Nos 12 kms iniciais, SP 081 (acesso a Serra das Cabras - Observatório de Campinas), pista asfaltada, porém, sinuosa e sem acostamento com ligeira subida. Em ritmo forte, média de 24 km por hora, fui alcançando outros ciclistas que por lá passeavam. Não podia imprimir força maior pensando em economizar energia para vencer os próximos 4 km de subida íngrime até o Cristo - o ponto mais alto da Serra das Cabras. Em exatos 60 minutos lá estava eu. Enquanto me abastecia com suplementos, essenciais para o conforto da jornada, confesso que pensei 5 vezes em descer ou não os outros 4 km até Morungaba. A descida é pura adrenalina para compensar os 16 km com pouquíssimas descidas e muiiiiiiiiiiitas subidas, a maioria violenta. A questão não era descer até a pacata cidadela. O problema era retornar. Pior que enfrentar um "quase" paredão de volta ao Cristo é ter de fazer o percurso sozinho, caso não encontrasse os meus amigos. Resolvi descer devagar com a esperança de encontrá-los no meio da subida (deles). Desci exigindo permanentemente dos freios, desviando de buracos, pedras e erosões e, nada deles. Ao chegar no asfalto, onde você desenvolve uma velocidade de até 60 km com direito a curvas fechadas e lombadas (cuidado), soltei a minha amiga, e nada dos meus amigos! Bom, já como estava no pé da Serra das Cabras, o que me restou foi ir até a doceria do David, onde sempre tomamos um cafezinho seguido por bolinhos e empadinhas, certo gordinho? Ah, o gordinho é o Cidão. Faltando poucos metros até a doceria, finalmente os avistei já no caminho para casa. Como tenho dado "cano" neles aos sábados, demorou alguns segundos para acreditarem que era eu... eu mesmo em carne (naquela circustância mais osso) e coberto por muita poeira. O Zwi, companheiro de todas as horas, se prontificou a me acompanhar até a doceria para eu tomar um café e, também, descansar. Como não queria atrasar ninguém, decidi seguir com todos de volta para casa. A companhia dessa turma é tão agradável, talvez seja tanta bobagem que falamos, que nem senti a dureza do retorno. Ainda fizemos a volta pelo Observatório de Campinas e pronto! Foram 46 km de muita disposição depois de um "tempinho" afastado do pedal. O melhor ainda estava por acontecer: receber o telefonema de alguém muito especial esperando-me para almoçar. Pedal com início solitário, mas depois na companhia de ciclistas que não deixam ninguém para trás e que não têm pressa para concluir o passeio. Passeio! É isso!!! : )
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